sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Resultado das Eleições COREN-PE 2011


Prezados amigos da Enfermagem Pernambucana,


Desde ontem (15/09), estamos sendo procurados pelos enfermeiros e enfermeiras que foram às urnas no último domingo (11/09) para eleger a nova Direção do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco – COREN/PE, questionando sobre a veracidade das informações divulgadas, ontem 15/09/11, pela Chapa 1 na mídia.



Diante disto, vimos esclarecer o seguinte:



1. Na última segunda-feira (12.09), a Comissão Eleitoral, juntamente com a Comissão Apuradora, sendo esta indicada por aquela, procedeu à apuração dos votos da eleição realizada no domingo, e a própria Comissão Eleitoral, em ata entregue às chapas, reconheceu a vitória da chapa 02, apenas “suspendendo” a proclamação de tal resultado;

2. A apuração era para ter início às 14h, porém, os trabalhos apenas começaram por volta das 16h, sob o argumento de que a Comissão Eleitoral estaria decidindo sobre alguns pontos da apuração;:

3. Por volta das 18h30, findou-se a apuração, sendo considerada vitoriosa a CHAPA 02;

4. Não se sabe por qual motivo, a ata da apuração apenas foi entregue aos presentes, inclusive ao Conselheiro Federal do COFEN que se encontrava no local, por volta das 01 hora da manhã da terça-feira, ou seja, quase 07 (sete) horas após o fim da apuração, em total desrespeito aos representantes das chapas presentes.

 5. O mais grave é que a ata não foi elaborada no local em que ocorreu a apuração e sim em uma outra sala do COREN, tendo como relatores os advogados René Alencar e Júlio César do Monte pessoas estranhas ao processo eleitoral, as quais ocupam cargos de confiança na atual administração, e por este motivo, a participação de ambos já passa a ser questionável.

6. Vale ressaltar que a homologação das eleições é de competência exclusiva do COFEN devendo a Comissão Eleitoral, conforme Código Eleitoral, enviar a documentação do processo eleitoral para o COFEN. Ou seja, o envio para o COFEN do processo eleitoral é obrigatório e nada tem a ver com o fato de algumas urnas terem sido anuladas (art. 52 e seguintes do Código Eleitoral dos CORENs).

7. E por fim, o Código Eleitoral que rege o processo eleitoral do COREN é explícito ao afirmar que cabe ao COFEN e não à Comissão Eleitoral a homologação do resultado eleitoral, e que a obrigação da referida Comissão, neste momento, é de apenas enviar ao COFEN a documentação. Qualquer outro ato praticado pela Comissão Eleitoral, que não seja este, não produz qualquer efeito jurídico.

  
No mais, ficamos à disposição para maiores esclarecimentos.

  
Simone Diniz 
Presidenta eleita do COREN-PE

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CHAPAS 2 E 3 COMEMORAM A VITÓRIA


Na noite de segunda-feira (12) a militancia das chapas 2 (Enfermeiros) e 3 (Técnicos e auxiliares de enfermagem) enquanto aguardavam o fim da apuração e a conclusão da ata da comissão apuradora,  comemoravam os resultados obtidos nas urnar, no pleito que ocorreu no domingo (11) Já era madrugada quando os integrantes das chapas com seus advogados deixaram a sede do órgão.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

VITÓRIA DA CHAPA "UM COREN PARA TODOS"




Finalmente! Chegamos à vitória tão sonhada e merecida!  Foram vários meses, exatos 13 meses. Reuniões, viagens, palestras, seminários. Uma agenda apertada, muitos atrasos, pouco dinheiro, mas muita força de vontade, garra, perseverança e a clareza de que o Projeto um Coren Para Todos será o instrumento de  avanço da Enfermagem pernambucana. UMA CAMPANHA que se pautou no respeito aos profissionais e à sociedade;  uma campanha  MOBILIZADORA DE FORÇAS POLÍTICO-SOCIAIS importantes para a execução do Projeto.

A categoria entendeu isso. Foi às urnas e fez sua escolha. Escolheu a aliança entre as organizações representativas. Votou na reforma da estrutura administrativa e da política de atuação. Foi às urnas para dizer que deseja um Coren forte, democrático, eficiente, célere, transparente e popular - um conselho profissional que mostre à sociedade que se importa com a segurança e a qualidade dos serviços prestados pela Enfermagem; que lute pelo reconhecimento social e político  dos profissionais.



E foi assim: 1993 votos para a CHAPA 2-ENFERMEIROS-UM COREN PARA TODOS e 947 votos para a CHAPA 1.  Para os  Técnicos e Auxiliares de Enfermagem foram 1.174 para a CHAPA 3- UM COREN PARA TODOS, contra 454 para CHAPA 1. UMA VITÓRIA RESPEITÁVEL. Venceram os candidatos de oposição. Venceu a Enfermagem Pernambucana.

Agora,resta-nos agradecer aos que ajudaram a construir Projeto UM COREN PARA TODOS: mais de cem mãos; agradecer aos que acreditaram no Projeto e colaboraram com a campanha: entidades como Federação Nacional dos Enfermeiros-FNE, ABEn Nacional, Associação Nacional dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem -  ANATEN, Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco-SEEPE, Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, Sindicato dos Servidores da Universidade Estadual de Pernambuco-SINDUPE, Associação dos Servidores da UPE – ASUPE, outros profissionais da área da saúde. Agradecemos à imprensa que nos proporcionou o debate da categoria.

Enfim, agradecer   AOS ELEITORES, profissionais de Enfermagem,  que apostaram na esperança para vencer o medo.

O trabalho já começou...Vamos! Mãos à obra! Há muito por fazer! Um abraço em todos e em cada um e até  a posse!

Simone Florentino Diniz.
Enfermeira, representante da Chapa 2-UM COREN PARA TODOS.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENTREVISTA COM OS MEMBROS DAS CHAPAS 2 (ENFERMEIROS) E CHAPA 3 (TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM)

Primeiramente gostaríamos de cumprimentar respeitosamente os senhores e agradecer muito pela atenção dispensada ao nosso Blog.

Compreendemos que o fato de terem aceitado conceder essa entrevista, é acima de tudo um ato de respeito aos leitores do Blog, que acompanham nosso esforço de veículo colaborador de informações pertinentes à categoria e certamente estavam esperando essa oportunidade de diálogo e esclarecimentos.
Ficamos felizes com a oportunidade e temos certeza de que nossos leitores têm muito a ganhar com os esclarecimentos que os senhores irão fazer.
 1.Senhoras e Senhores, por gentileza nos apresentem os membros e falem mais sobre o lema das CHAPAS 2 e 3.

Prezados companheiros e queridas companheiras do blog enfermagem pernambucana, é com extrema satisfação que respondemos às suas perguntas. O trabalho de vocês é de extrema importância para a Enfermagem. Parabéns. É com alegria e sentimento de honra que estamos apresentando nossas propostas a este blog.

O nosso lema é o da integração e do avanço, sem perder de vista os princípios norteadores da profissão, em especial, a ética e a defesa da vida.


2. Qual a necessidade de uma Chapa de oposição ao atual grupo que está à frente do COREN PE? Algumas vozes acreditam que uma composição seria a maneira mais adequada de colaborar pra construção de um COREN melhor. Essa composição com a gestão atual, em algum momento foi considerada?

Nosso grupo acredita na política do consenso, no entanto, composição com a atual gestão do conselho tornou-se inviável. Essa gestão representa o que há demais atrasado para a Enfermagem pernambucana. Enquanto o Conselho Federal de Enfermagem luta para elevar a enfermagem brasileira, através de medidas saneadoras e inovadoras do Sistema Cofen/Conselhos Regionais e buscando, deforma democrática, decidir as questões atinentes ao avanço profissional,unindo-se à ABEn, à Federação Nacional dos Enfermeiros, e seu plenário julga aqueles elementos que participaram da operação predador (Gilberto Linhares ecompanhia), a atual gestão do Coren-PE age na tentativa de impedir a atuação de conselheiros e toma medidas arbitrárias como demissão de funcionários,enfermeiros fiscais que são contrários às suas práticas, mantendo, inclusive,um dos indiciados na operação predador, o Sr. Júlio do Monte, advogado de Gilberto Linhares, como Assessor Especial da Presidência. Aos que não se lembram ou desconhecem, GilbertoLinhares foi o Presidente do Cofen durante várias gestões e acabou sendo preso pela operação “predador” da Polícia Federal, que investigava a corrupção nos Sistema Cofen/Conselhos de Enfermagem. Gilberto Linhares está preso desde 2005. Então, como compor comum grupo que tem essas ligações?

3.Considerando acomposição das chapas 2 e 3 verificamos que apesar de nomes novos, a composiçãodas Chapas 2 e 3 conta com candidatos que já fizeram parte de alguma gestão doCOREN PE, como é o caso da Sra. Simone e do Sr. Adeildo. Houve uma lógica de liberada nessa escolha miscigenada de pessoas novas com pessoas mais experientes do sistema COREN?

A escolha da composição da Chapa foi feitapelo grupo de lideranças que construiu o Projeto UM COREN PARA TODOS, levando em consideração, entre outros critérios, o conhecimento do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, a experiencia com a Administração Pública e a disponibilidade para se dedicar à gestão. Juntar a experiência com o vigor, a esperança e a garra é estratégia deavanço para a categoria.

4.A CHAPA2 dos enfermeiros, apóia oficialmente a CHAPA 3 para os quadros II e III detécnicos e auxiliares de enfermagem. Como se deu essa composição que denominada“UM COREN PARA TODOS”? Como se deu esse trabalho de construção?

Qual a Enfermagem que queremos e qual o Conselho Profissional que merecemos? Foi respondendo a essa pergunta que líderes da Enfermagem pernambucana se uniram para formar a Chapade oposição ao atual plenário do Coren-PE. O processo de construção das Chapas reflete o que esse grupo de profissionais entende e pratica no dia-adia de seu labor. Compromisso com a profissão, com os pares, com o Sistema Único de Saúde(SUS) e com a sociedade. São pessoas comprometidas com os paradigmas éticos,com os princípios norteadores da administração pública e com os anseios do Sistema Cofen/Conselhos Regionais e, principalmente, com os anseios da Enfermagem brasileira e da pernambucana, em particular.

A Enfermagem pernambucana tem enfrentado os desafios com força,determinação e altivez, através de louváveis esforços pessoais dos seus destemidos e bravos profissionais. Mas precisa avançar, construindo a união entre as organizações representativas da Enfermagem e entre as distintas categorias que compõem nossa profissão, para alcançar o necessário fortalecimento e a visibilidade social merecida.


Em âmbito nacional, foi construída a Aliança Nacional entre as organizações da Enfermagem brasileira, que é um dos pontos fundamentais da Agenda de Entendimentos ABEn-Cofen-FNE. Precisamos ampliar essa Aliança,trazendo para o âmbito estadual a integração das organizações, públicas e privadas, da Enfermagem.

O Conselho Profissional precisa reformular sua estrutura e políticade atuação, para interagir melhor com os profissionais, sendo eficiente e célere; agindo com transparência e resolutividade na conquista do exercício profissional legal, ético e de qualidade; buscando o reconhecimento da sociedade sobre a segurança e eficiência dos serviços prestados pela Enfermagem.


Os componentes da Chapa 2 - Enfermeiros e da Chapa 3 - Auxiliares eTécnicos de Enfermagem UM COREN PARA TODOS - INTEGRAR e AVANÇAR! têm consciênciados problemas a enfrentar e do desafio que representará elevar o Coren-PE à categoria de instituição agregadora de forças político-sociais, com vista ao crescimento profissional.

São compromissos assumidos por cada um dos integrantes, após osdebates, análises e discussões, travadas com Enfermeiros e com Auxiliares eTécnicos de Enfermagem, das várias áreas de atenção à saúde, gestão e ensino.As duas chapas resultam da convergência de pessoas que entendem que o ConselhoRegional de Enfermagem de Pernambuco tem que dialogar com sindicatos dascategorias profissionais, associações, sociedades de especialistas,instituições de ensino, poderes públicos e com a sociedade, de modo acontribuir para o avanço da Enfermagem pernambucana.

Nessa perspectiva, e com esses propósitos, é queos componentes da Chapa 2 – Enfermeiros e da Chapa 3 - Técnicos e Auxiliares deEnfermagem UM COREN PARA TODOS - INTEGRAR e AVANÇAR! pedem aos colegas eleitores o voto de confiança, para implementar os compromissos a que se propõem.


5.Os profissionais de enfermagem do estado de Pernambucose ressentem da atuação do COREN PE, no sentido de definirem as atuações da entidade, como predominantemente punitivas. Diferentemente de conselhos, como o dos médicos, por exemplo, que fiscalizam sim, mas que priorizam o resgate da dignidade profissional, fazendo inclusive intervenções éticas. Como as chapas 2e 3 pretendem modificar esse sentimento da categoria na prática?

É necessário que o Conselho, através dos seus funcionários e conselheiros, desenvolva uma política de acolhimento dos inscritos. Essa é aprimeira medida. Depois, a reforma da política de fiscalização, que consiste emse readequar à fiscalização a práticas proativas e educativas na garantia de melhores condições de trabalho, implementação da Sistematização da Assistência e do Dimensionamento de Pessoal. Este último item tem sido usado como medida persecutória de profissionais, em especial, responsáveis técnicos, que não podem assegurar contratação de profissionais em número adequado. A equipe defiscalização deve ser capacitada para assessorar continuamente os ResponsáveisTécnicos - RT, é por isso que nosso Projeto UM COREN PARA TODOS contempla a implantação do Programa Boas Práticas na Gestão de Enfermagem, com a finalidade de prestar assessoria contínua aos Responsáveis Técnicos.


6.Na luta pela regulamentação das 30 horas semanais detrabalho, a atual gestão do COREN PE, veio pra luta, à reboque do processo,inclusive deixando de participar da primeira ida dos trabalhadores de enfermagem de Pernambuco à Brasília. Como as Chapas 2 e 3 avalia a atuação da atual gestão em relação à articulação política e o que pretende fazer de diferente?

Não percebemos a articulação política da atual gestão. Parece não existir. Ou, se há, é política de favorecimento para os gestores. As Chapas 2-Enfermeiros(as) e3-Técnicos(as) e Auxiliares de Enfermagem-UM COREN PARA TODOS, fazem parte deum grupo político que tem como perfil o avanço, a participação democrática, o diálogo. Um grupo progressista. Na caminhada de nossa campanha, temos recebido apoio de instituições como ABEn Nacional, Federação Nacional dos Enfermeiros, SINDUPE,ASUPE, ANATEN, União Brasileira de Mulheres, e de parlamentares estaduais e federais, a exemplo do deputado João Paulo e da Deputada Federal pelo Paraná Enfermeira Rosane Ferreira. Acreditamos que esse apoio antecipado e nossa capacidade de diálogo, nossa competência relacional, nos dão o aval para lutarmos sem descanso e com sucesso pelos diretos da nossas categorias e também por uma saúde melhor para todos.

7.Já existe alguma estratégia objetiva das Chapas 2 e 3, para em caso de vitória no dia 11 de setembro, em relação à precarização dosvínculos dos trabalhadores no estado (contratos precários, salários alvitantes,falta de condições de trabalho, carga horária exorbitante...)?

Desde já, estamos juntos das entidades sindicais e dos trabalhadores da enfermagem. Já realizamos dois eventos para defender o Projeto de Lei2295/2000 (30 horas) e as práticas polêmicas da Enfermagem, então, essa luta já é nossa antes e após as eleições, independentemente dos resultado das urnas. A criação do Fórum Pernambucano de Enfermagem já está programado para depois dodia 11 de setembro e neste, discutiremos todas as questões de interesse da categoria.


8.Na carta programa de vocês, um dos pontos do programa trata da retomada dos assentos nos fóruns de saúde e educação que tenham relações com a Enfermagem. Qual a repercussão que a perda desses assentos tem trazido, ou podem trazer pra categoria?

Na realidade, já perdemos esses assentos por falta de indicação de profissionais para ocupá-los. Melhor dizendo, por omissãodo Conselho Regional de Enfermagem na gestão da Dra. Célia Arribas. A ausênciada Enfermagem nesses espaços impede a visibilidade da profissão e resulta na submissão desta aos ditames daqueles que, de fato, participaram e decidiram. Ou seja, se a enfermagem não participa das discussões, não expõe sua vontade, não influencia as decisões, não mostra pra sociedade que se importa com as políticas públicas de saúde e com a qualidade do ensino, nunca será ator da sua própria história. Chega de submeter-se à vontade dos outros. Vamos mostrar que somos competentes técnica e politicamente para construirmos o SUS que queremos, a Enfermagem que precisamos e o ConselhoProfissional que merecemos.


9.A questão das subseções dos interiores é uma chaga que não tem fim. Sai gestão entra gestão e continuam havendo críticas dos profissionais que se sentem mal assistidos, não acolhidos e fragilizados no exercício de suas funções. Nas propostas das Chapas 2 e 3 propõe-se criar subseções em Serra Talhada, Petrolina, Caruaru e Limoeiro. A criação dessas subseções comportará além da sede, toda estrutura necessária para o funcionamento as mesmas? Há garantia de que haverá fiscais suficientes e atuantes em todas elas?

As subseções de Petrolina, Caruaru e Limoeiro foram instaladas nas gestões da Dra.Julita. Em cada uma delas havia estrutura física adequada, um fiscal e uma gente administrativo. Em 2009,Dra.Célia Arribas, gestão atual, retirou os fiscais das subseções, prejudicandoo acesso dos profissionais ao Conselho. Já consta da nossa proposta o Coren Itinerante, que estará visitando os profissionais onde eles estiverem. Além disso, instalaremos 3 subseções até final do mandato. Caso seja possível, ampliaremos este número.


10. Sabe-se que hoje, há uma fila de processos éticos no COREN contra os profissionais de enfermagem do estado. A criação dos Conselhos de ética das unidades, talvez fosse uma triagem muito mais efetiva para inclusive, minimizar o número de entradas de processos no Conselho. No programade vocês, há um item tratando do assunto. Qual o nível de priorização dessa capacitação e implantação desses conselhos?

As Comissões de Ética Institucional são elementos de fomento à discussão ética de Enfermagem pela Enfermagem. O que se vê, normalmente, são comissões de ética formadas por profissionais de diversas áreas de formação.Então, a enfermagem acaba não sendo avaliada, julgada por seus pares. Então, essa é uma ação prioritária: dar posseàs comissões já formadas, estimular a formação de outras e realizar o
acompanhamento com suporte necessário para o funcionamento de todas.


11. Na atual gestão do COREN PE, a entrega do Jornal do COREN PE não é distribuído para todas as categorias da enfermagem de Pernambuco(técnicos e auxiliares de enfermagem não recebem, apenas os enfermeiros). Há algum indicativo do Conselho Federal para essa segregação? Se não, qual aposição de vocês sobre o assunto? Tem como garantir a entrega do jornal ao stécnicos e auxiliares?

Não vislumbramos nenhum motivo plausível para essa segregação. Todosos inscritos no Conselho têm os mesmo direitos. Queremos estabelecer esse respeito a todos.

12. Como vocês pretendem dialogar com as demais entidadesrepresentativas da enfermagem do Estado (ABEN e SEEPE e SATENPE) e do Brasil(ABEN Nacional, COFEN e demais CORENs)?

O diálogo já existe. Temos bom relacionamento com todas essas entidades. A busca pelo entendimento será permanente, sempre com vistas ao avanço da Enfermagem.

13.Em nosso Blog temos recebido, através de comentários e posteriormente através depostagem, críticas aos membros Simone, da CHAPA 2 e Adeildo da CHAPA 3,vinculando os dois à gestão da agora vice-presidente do COFEN, Dra. JulitaFeitosa. O longo tempo de permanência de Dra. Julita, à frente do COREN, parece fomentar um sentimento de autoritarismo na gestão. Como vocês avaliam isso?

De fato, Julita permaneceu durante 12 anos à frente do Conselho. Sempre eleita. Seu trabalho à frente do Conselho foi reconhecido, haja vista o atual cargo que ocupa. Nada consta que desabone sua conduta à frente da gestão.Todas as contas de suas gestões foram aprovadas pelo Cofen e TCU. Seu nome nunca foi associado a qualquer escândalo político ou de natureza judicial. Ao nosso ver, o tempo de gestão não desqualifica o gestor.


14. O orçamentoda União por ordem constitucional contempla o repasse de recursos para o Ministério da Saúde financiar a política nacional de Recursos Humanospara o SUS, no entanto a política salarial que os gestores adotam é esmagadora e na prática paga-se salários aviltantes aos profissionais de Enfermagem. Há caminhos para intervenção do COREN PE e se sim como a autarquia pode se envolver para reversão dessa situação?

A Enfermagem brasileira forma um contingente de quase um milhão e meio de profissionais. Em Pernambuco são cinquenta mil,com excelência profissional e tem um grande valor. No entanto, esse valor não tem sido reconhecido pela sociedade.Falta visibilidade do valor da Enfermagem. Entendemos que esse seja o fator impeditivo do reconhecimento dos direitos a um bom salário, a boas condições detrabalho e a uma carga horária digna de quem está diuturnamente à frente da assistência à saúde. O Coren tem responsabilidade com essa visibilidade.Deveremos estimular a agregação profissional, entre as categorias, entre essas e as instituições representativas da profissão, como os Sindicatos, associações,diversos movimentos sociais e as forças políticas e sociais para garantia das conquistas necessárias.

15. Em relação à formação profissional, há uma preocupação generalizada com a abertura desordenada de cursos tanto de nível técnico quantode nível superior pelo estado, qual a visão das Chapas 2 e 3 sobre o problema?E de que forma vocês pretendem trabalhar na luta nacional que discute o problema?

A política de educação no país é de inclusão. Na Enfermagem, há déficit de profissionais, segundo os parâmetros da Organização Mundial deSaúde. Acessem http:// www.portaldaenfermagem.com.br. Dessa forma, a luta é pela qualidade do ensino. O Fórum Pernambucano da Enfermagem deverá ser o espaço de debate no âmbito estadual. Em relação à avaliação de cursos de nível superior, o Coren deveria indicar profissionais de enfermagem (especialistas, mestres e doutores)para compor as comissões de avaliação doINEP/Ministério da Educação, de acordo com o Convênio já firmado entre o Cofene o MEC. No entanto, a atual gestão não indicou, ignorando a importância desse espaço para a profissão. Essa deverá ser  uma das primeiras medidas administrativas da gestão UM COREN PARA TODOS.


16. Sobre a relaçãodo COREN PE com as faculdades de enfermagem há alguma intenção de implantaçãode grupos de pesquisas, câmaras técnicas ou projetos similares?

Sem dúvida. A academia é um importante aliado do Conselho. Não há avanço sem a participação da academia nas discussões sobre o exercício profissional e sua formação. As faculdades de Enfermagem, públicas e privadas, já foram convidadasa participar do Projeto Político. Algumas participaram da sua construção. Todas serão convidadas a participar de câmaras técnicas e de projetos que tenham como objeto o avanço da Enfermagem.

17. Pra fazer uma boa gestão, os parceiros políticos e institucionais são fundamentais para que qualquer entidade esteja fortalecida nos encaminhamentos e possíveis embates políticos que precise tratar. Quais as forças políticas einstitucionais que apóiam oficialmente o grupo de vocês?

Todas as forças progressistas de Pernambuco e doBrasil, que se preocupam com a enfermagem: SEEPE, ABEn Nacional, SINDUPE,ASUPE, SATENPE, ANATEN.


18. Deixem uma mensagem das Chapas 2 e 3 para osprofissionais de enfermagem de Pernambuco.

Dia11 de setembro, a esperança vencerá o medo! Enfermeiros votarão na Chapa 2-UM COREN PARA TODOS. Técnicos e Auxiliares de Enfermagem CHAPA 3-UM COREN PARA TODOS. Nossa Vitória será a Vitória da Enfermagem Pernambucana que avançará num novo caminho, com integração rumo ao reconhecimento do valor do profissional que cuida o tempotodo do povo pernambucano.

Nós que fazemos as CHAPAS 2 – ENFERMEIROS(AS) E CHAPA 3 – TÉCNICOS E AUXILIARESDE ENFERMAGEM, agradecemos a oportunidade de esclarecermos aos eleitores nossas propostas e contribuirmos para a redemocratização da enfermagem, qualificando o debate desta eleição.

Recadodo Blog:
Nósque fazemos o blog da enfermagem Pernambucana, reforçamos nossos agradecimentosa disponibilidade dos senhores, ao passo que desejamos que o processo eleitoralse dê de maneira sábia, justa e democrática.

Boa caminhada a todos os membros das CHAPAS 2 e 3!

Fonte: Blog da Enfermagem Pernabucana

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

VEJA QUEM APOIA AS CHAPAS 2 (ENFERMEIROS) E 3 (TÉCNICOS E AUX. DE ENFERMAGEM)


 

PRESIDENTE DO SINDUPE REFORÇA APOIO AO GRUPO "UM COREN PARA TODOS"



Pior que o crack, que a maconha, que a cachaça, que a cocaína, que a cola ...

Não é só o efeito do entorpecente que aliena o individuo da realidade - há formas de ver o mundo que parecem ter o efeito de uma droga, deixando a pessoa fora de si, sem senso crítico, com mente obnubilada e sem o velho semancol – vivendo no mundo da lua. Isso passou por minha cabeça quando terminei de ler um comunicado, há alguns meses, enviado pelo Coren-PE.

Informava, o Coren-PE, que por “zelar pelo exercício profissional”, faria“um levantamento estatístico quantitativo com o objetivo de avaliar a dimensão do uso indevido de drogas dentre os exercentes de enfermagem e seus familiares”.O resultado da pesquisa serviria para o Coren-PE apresentar “estratégias de ações voltadas para a assistência especializada aos usuários de substâncias psicoativas tanto quanto a seus familiares”. Pronto, um grande factoide estava armado!

Trabalho na Enfermagem há 20 anos - comecei no Hospital Santo Amaro – da Santa Casa de Misericórdia. Quando li sobre a iniciativa da atual gestão do Coren-PE, fechei os olhos e tentei lembrar com quantos drogados ou dependentes químicos eu havia trabalhado... Em todo lugar sempre há os que consomem a droga lícita do álcool – de forma moderada ou em excesso. Mas nunca trabalhei com algum companheiro que fosse ao plantão sob o efeito etílico, com alguém que houvesse se excedido na cana, na cerveja ou no whisky e corresse para o plantão. Forcei a memória, mais ainda, e não me lembrei de companheiros dependentes de droga ilícita, como maconha, cocaína, cola ou qualquer outra porcaria dessas. Não que na Enfermagem não existam dependentes desse tipo de produto, só que nunca trabalhei com algum nos meus plantões. Veio-me, então, a seguinte pergunta: será a droga, lícita ou ilícita, a grande miséria da Enfermagem?

Como disse, em 20 anos de trabalho nunca dei plantão, com todo respeito, com maconheiro, com cocainomaníaco, com cheirador de cola ou tomador de cana inveterado. Por outro lado, cansei de trabalhar com quem tinha depressão, ansiedade ou LER/DORT por ter laborado em condição antiergonômica por muito tempo – sem falar nos que foram acometidos por outras tantas doenças do trabalho. Também trabalhei com diversos companheiros vítimas de acidentes de trabalho e de violência no trabalho. E cansei de trabalhar em ambientes sem a menor proteção para enfrentar os riscos biológicos, químicos, físicos e mecânicos.

Se a atual gestão do Coren-PE tivesse mesmo o ânimo de “zelar pela Enfermagem”, como quer fazer crer, faria uma grande campanha por melhores condições de trabalho para os profissionais de Enfermagem. E iria, nos locais de trabalho, fiscalizar e autuar gestor que faz do profissional de Enfermagem uma peça de reposição, que suga todo o seu vigor e depois se livra dele, como bagaço, deixando-o, muitas vezes, até incapacitado para arrumar outro trabalho e sem saúde. A droga que tem acabado com o profissional de Enfermagem, e destroçado sua família, é a droga da condição precária, nojenta e odiosa de trabalho; é a droga do excesso de trabalho, sobrecarga de pacientes e o número reduzido de profissionais por setor; é a droga da omissão da atual gestão do Coren-PE em fazer cumprir, de forma intransigente e determinada, o Código de Ética da Enfermagem! E essa droga, mata!

O Huoc é exemplo vivo da forma omissa de o Coren-PE atuar. Segundo o próprio Conselho, há, naquele hospital, 738 profissionais de Enfermagem – entre auxiliares, técnicos e enfermeiros. E, segundo o Coren-PE, há um déficit de 920 (novecentos e vinte) profissionais! O Huoc deveria funcionar com 1.658 profissionais de Enfermagem, mas funciona com 738. Ora, déficit de pessoal de mais de 100% - para ser mais exato, déficit de 124,66%! O que acham disso? O resultado dessa falta de profissionais de Enfermagem é sentida, cotidianamente, por quem dá seu plantão. Um profissional de Enfermagem trabalha por dois! Se o trabalho de um já é penoso, avalie trabalhar por dois. Mas mesmo o Coren-PE tendo feito a constatação de um déficit de 124,66% do pessoal de Enfermagem, não há, ao menos, uma censura ética a quem promove uma desgraça dessa. Um ambiente de trabalho que se organiza com 738 profissionais – quando deveria ter 1.658, é um matadouro de trabalhador. Mata, aos poucos, todo dia, física e espiritualmente – porque é inumano trabalhar em condição assim. E quem deve zelar pela dignidade no exercício da profissão, omite-se politicamente. O Huoc é só um exemplo, pois essa é a realidade em todos os hospitais da rede pública.

É por essa e outras que o Sindupe e mais seis entidades, entre associações, sindicatos e federações decidiu dar apoio ao grupo UM COREN PARA TODOS – INTEGRAR E AVANÇAR. Esse arco político se forma para dar à Enfermagem a combatividade que ela precisa ter. Coren, sindicatos, associações e federação, juntos, podem mudar as condições de trabalho da Enfermagem em Pernambuco. Esse é o nosso compromisso! Pense bem e avalie quem merece seu voto no dia 11 de setembro.

P.S– Nessa eleição muita gente tem perdido tempo discutindo, de forma induzida, questões secundárias e, muitas vezes, irrelevantes. A turma da omissão tem feito mil acrobacias para que o principal não seja discutido. Fique atento!

P.S 2 – Por exemplo, para desqualificar nossa candidata, a Simone, dizem que ela participou de 15 anos de gestão do Coren – no tempo em que a Julita era presidente. Sempre associam seu nome ao de Julita como forma de depreciá-las. Não sei precisar se o tempo exato foi esse, 15 anos, mas participou mesmo. E há algum crime nisso? A Julita era, ou é, alguma bandida? Roubou o Coren? Teve conta impugnada pelo TCU? É a Julita que tem algum tipo de relação com o bandido que está preso em Bangu I? Seria Julita uma sarna? Saiu do Coren por fadiga política – o que é natural. E até onde sabemos, não há nada que desabone sua conduta. Mas o que impressiona, nesse argumento besta e escroto, é a negação da história da atual presidente do Coren-PE – que tem 12 anos de gestão e trabalhou com a Julita também. Usam um argumento para atacar a oposição e escondem o mesmo argumento para defender a situação. Ter trabalhado com a Julita e ter passado pelo Coren não deve ser matéria para condenar ninguém – nem situação, nem oposição. O que definiu nosso voto foi perceber que a atual gestão é incompetente e avessa à possibilidade de fazer com que o Código de Ética da Enfermagem seja defendido de maneira intransigente. Por outro lado, avaliamos que o UM COREN PARA TODOS – INTEGRAR E AVANÇAR tem toda determinação de fazer cumprir o Código de Ética. E isso é um compromisso de campanha que vai ser cobrado pelas sete entidades. Quem faz campanha como a chapaUM COREN PARA TODOS – INTEGRAR E AVANÇAR faz, colocando em primeiro lugar a aproximação com associações, sindicatos, federação e sociedade, só pode estar mais preparada para fazer uma gestão combativa e voltada aos verdadeiros anseios do profissional de Enfermagem.

Gleidson Ferreira é Auxiliar de Enfermagem, preside o Sindupe e não se conforma em ver o Coren ser usado como instrumento de alienação da categoria. Por isso vota na chapa UM COREN PARA TODOS – INTEGRAR E AVANÇAR.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ENFERMEIROS, TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM VOTAM ASSIM:

Enfermeiros Apertam a TECLA 2 aguardam Aparecer
"UM COREN PARA TODOS" e confimam na TECLA VERDE
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Apertam a TECLA 3 Aguardam Aparecer "UM COREN PARA TODOS" e confirmam na TECLA VERDE

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

TEXTO DE APOIO DO SINDUPE ÀS CHAPAS 2 (ENFERMEIROS) E 3 (TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM)



A FORÇA DA OMISSÃO NÃO PODE CONTINUAR
Esta é uma eleição decisiva para a Enfermagem em Pernambuco. Reflita sobre quem merece seu voto!



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Sabemos que a eleição é para o Coren, mas antes gostaríamos de falar sobre os médicos. Se há algo que deve ser aprendido com os médicos é o seu espírito de corpo. Sabem como poucos, defender seus direitos e interesses – não vacilam nunca. Aonde o Conselho Regional de Medicina (CREMEPE) vai, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), vai atrás. Ou vice-versa. A simbiose perfeita entre Conselho e Sindicato explica, em grande parte, o êxito na luta que os médicos travam – não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil. Quando os médicos encontram situações indignas de trabalho - que põem em risco o seu exercício profissional, a integridade de outros profissionais ou dos pacientes, não pensam duas vezes e decretam a interdição ética. E o que é isso? É a suspensão da atividade médica, em caráter provisório ou definitivo, total ou parcial, utilizada para proteger a boa prática médica, o direito à saúde do cidadão e os direitos humanos. O Hospital Dom Malan, em Petrolina, e o IML, no Recife, já passaram por esse procedimento. Decretando a interdição ética, os médicos não fazem pirotecnia – cumprem, antes de tudo, o que manda o seu Código de Ética. E o governo tem que resolver o problema apontado pelos médicos de forma imediata, sob pena de parecer, para a opinião pública, mais negligente ainda com a Saúde Pública.  Simples assim!


E A ENFERMAGEM?
De forma geral, os trabalhadores da Enfermagem tem enfrentado as mais indignas condições de trabalho no serviço público: muitos pacientes para poucos profissionais; locais de trabalho que não respeitam a ergonomia; assédio; ameaças de agressão física da população; contratos de trabalho que não dão garantia alguma ao trabalhador, etc. Mais especificamente, nossa experiência nos três hospitais da UPE – CISAM, HUOC e PROCAPE é de constatar, cotidianamente, a precarização e o esgarçamento das condições de trabalho dos profissionais de Enfermagem – e seu consequente sofrimento.

O sucateamento das condições de trabalho no serviço público não se dá por obra do acaso – é calculada, milimetricamente, para jogar a população contra o trabalhador. Desqualifica-se o servidor e abre-se, assim, caminho fácil para todo tipo de contratação que não seja por concurso público – e para desmantelar o próprio serviço público, sob o argumento de que o mesmo é ineficiente. Quando um cidadão não tem atendimento satisfatório num hospital público, ele não avalia que aquilo é resultado da falta de políticas públicas decentes para a Saúde. Julga, de pronto, que o único responsável pelo atendimento insatisfatório que teve, é o servidor público. A Enfermagem, que fica na ponta do atendimento, leva toda essa carga.  A degradação chegou a um nível que os sindicatos que têm em sua base, profissionais de Enfermagem não fazem mais frente a tanto caos – é preciso que uma nova força surja para travar esse combate. E esta força é a união entre sindicatos e Coren. Mas uma união para fazer valer o Código de Ética e não para ficar registrando foto em evento social.

INTERDIÇÃO ÉTICA E OMISSÃO DO COREN


Nós, do Sindupe, certamente fomos o primeiro sindicato em Pernambuco, a invocar ainterdição ética como forma de pressionar o Poder Público a resolver um problema que desgastava os profissionais de Enfermagem – em nosso caso, os que estavam lotados no Centro de Material e Esterilização – CME, do HUOC. A autoclave daquele setor foi condenada e, de um momento para outro, os profissionais de Enfermagem dali passaram a levar material para esterilizar em outros hospitais. Levavam cotidianamente, e mais de uma vez por dia, dezenas de quilos em instrumental em viaturas precaríssimas. Essa rotina os colocava sob os mais diversos riscos – desde acidentes no percurso até o surgimento, ou agravamento, de doenças ocupacionais por conta da carga que carregavam. Também colocava em risco a saúde dos pacientes, pois é bem discutível a qualidade de um material que chega a uma sala de cirurgia depois de ter rodado por boa parte do Recife. Chegou um tempo, em que os profissionais de Enfermagem não agüentaram mais essa rotina e chamaram o Sindupe.

Os profissionais de Enfermagem não queriam deixar de esterilizar os instrumentais, só não queriam continuar a fazer isso fora do HUOC – e com toda razão, pelos inconvenientes e desconfortos criados pela nova rotina. Reivindicavam que a autoclave condenada fosse trocada por uma nova, que estava, inclusive, encaixotada no HUOC. Levamos o problema à direção do hospital e a solução apresentada, aos trabalhadores de Enfermagem, não foi satisfatória. Chegou-se a um momento em que buscar uma saída junto à direção do HUOC, pela forma com que tratavam do assunto, tornou-se estéril.

Então, mostramos aos profissionais de Enfermagem do CME que o caso ensejava ainterdição ética do setor – demonstramos que isso era um instrumento que constava no Código de Ética da Enfermagem, apesar de nunca termos visto ninguém usá-lo.Esclarecidos sobre o instrumento de luta, baseado no Código de Ética da Enfermagem, os trabalhadores aprovaram que se decretasse a interdição ética do CME caso seu problema não fosse resolvido em determinado prazo. Mandamos ofício à direção do HUOCe ao COREN mostrando o problema, justificando a interdição ética, a partir de determinada data, como defesa dos profissionais de Enfermagem contra o trabalho degradante a que estavam sendo submetidos. Não nos lembramos do prazo final, mas lembramos que era uma segunda-feira. No final de semana que antecedeu essa segunda-feira, tiraram a autoclave condenada do CME e estacionaram a autoclave nova. Finalmente, a montanha havia se mexido! Então os profissionais de Enfermagem definiram que não decretariam mais a interdição ética, já que a autoclave nova estava sendo instalada. Mas definiram que diminuiriam, até o funcionamento da autoclave nova, a remessa de material para esterilizar fora do HUOC – o que diminuiria, momentaneamente, o número de cirurgias no hospital e suas idas e vindas também. Essa medida foi encampada até que a autoclave foi posta para funcionar alguns dias depois.

O que mais nos surpreendeu, nesse processo, foi a ausência do COREN no dia em que a interdição ética seria decretada.Um gesto dessa natureza, pelo seu simbolismo, deveria ser acompanhado por sua presidente! Mas ela não estava lá... Ninguém estava... Só a direção do SINDUPE e os servidores do setor. Alguns dias e depois do problema resolvido, chegou uma fiscal do COREN – mas a questão aqui não é com trabalhador do COREN. Naquele momento, questionamo-nos o seguinte: como o SINDUPE promove uma interdição ética e o COREN não encosta para reforçar a conduta? Qual o motivo dessa omissão? Agora, durante esse processo eleitoral do COREN, essa resposta chegou. A atual presidente do COREN foi ao SINDUPE fazer um balanço de sua gestão. Inicialmente, falamos da ação do CREMEPE em defesa do exercício profissional dos médicos, inclusive com a decretação da interdição ética em alguns órgãos públicos em Pernambuco. E lhe perguntamos o porquê de o COREN ser tão tímido na defesa do exercício da Enfermagem, o porquê de não se fazer uma interdição ética em hospitais em que até as pedras sabem que o profissional de Enfermagem trabalha em condição aviltante, abjeta e degradante. Para nossa surpresa, responderam que interdição ética não é o COREN quem deve fazer, mas sim a Vigilância Sanitária! Também disseram que quando encontram alguma irregularidade, costumam promover uma Ação Civil Pública para que a justiça resolva o problema. Essa resposta foi dada a diversos diretores do SINDUPE presentes à reunião – o que não deixa hipótese alguma para que se especule que isso relatado aqui seja uma inverdade. E essa foi a resposta mais infeliz que a atual direção do COREN poderia ter dado!

Deixou-nos preocupados escutar da atual gestão do COREN que quem deve fazer interdição ética é a Vigilância Sanitária – ela sabe, perfeitamente, que a interdição ética é um instrumento que consta no Código de Ética da Enfermagem e que o COREN é quem deve decretá-lo. Essa resposta, infeliz, foi uma forma de tentar justificar sua omissão e, ao mesmo tempo, de tentar subestimar nossa inteligência. Erraram duas vezes! É que mesmo havendo, por parte da atual direção do COREN, a capacidade de patrocinar uma interdição ética, falta-lhe coragem para efetivá-la. A omissão é resultado da falta de disposição para fazer cumprir um Código de Ética que está sob sua responsabilidade. Aí, o mais cômodo é dizer que tem ação na justiça... Tira-se, assim, responsabilidade da gestão do COREN e joga-se na justiça – que leva anos para resolver qualquer coisa. Um problema político-administrativo é mais rapidamente resolvido com ação política ou com ação na justiça? É claro que é com uma ação política enérgica – que, no caso do COREN, passa por deixar de ter medo de usar a interdição ética e criar um fato que chame à atenção da sociedade para os problemas enfrentados no exercício da profissão. Se nós, no SINDUPE, fôssemos esperar que a justiça concedesse nossa Equiparação Salarial, morreríamos e não veríamos esse dia chegar. Mas com uma ação política coordenada e firme, conquistamos nossa Equiparação – algo que muitos servidores nem acreditavam! A história nos mostra que problema não é resolvido com medidas protocolares, mas sim com muita luta! O que é, também, papel do COREN – algo que a atual direção esquece.   

Há algo mais penoso do que o exercício da Enfermagem na emergência do PROCAPE? Não! Dissemos isso, inclusive, à atual presidente do COREN. Se ela chegar naquela emergência vai ver o descalabro! Mas ela chegou lá? – Nunca! No HUCO são necessários mais de 800 profissionais de Enfermagem para que o dimensionamento nos setores fique de acordo com a resolução do COFEN – mas a omissão política da atual gestão do COREN, sobre o assunto, é um espanto!  Não há uma ação política, por parte da atual direção do COREN, que honre a Enfermagem Pernambucana. O fato é que, a cada segundo, o Código de Ética da Enfermagem é rasgado nos mais diversos hospitais de Pernambuco e fica por isso mesmo.
Até a página virtual do COREN, na internet, mostra a estúpida despolitização a que o profissional de Enfermagem é submetido - parece um balcão de oferta de cursos, de congressos, mas nada mostra de combate às condições indignas de trabalho. Cerca de 90% da home é de oferta de cursos e congressos. É apenas disso que a Enfermagem precisa? Agora olhe-se a home do CREMEPE ou a dos Assistentes Sociais, é outro nível! Mas o COREN trata um profissional de Enfermagem como descerebrado. Não, de forma alguma! O que falta na verdade é que quem se habilite a dirigir órgão de classe ou representação não se furtem a defender.
Foi a partir dessas reflexões que decidimos, o SINDUPE e mais outras seis entidades – entre federação, associações e sindicatos -, apoiar o grupo UM COREM PARA TODOS – INTEGRAR PARA AVANÇAR, para as eleições de 11 de setembro. E essas entidades todas não declarariam apoio a um grupo que não fosse fazer uma bela luta pela dignidade do profissional de Enfermagem. Basta de omissão! Basta de tanto ter que trabalhar e dar muito mais do que receber! Basta de ser explorados nos plantões e não se ter uma direção, no COREN, que dê combate às condições indignas de trabalho.Essa é uma eleição para dar um basta à omissão! 

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